Resumo - sobre a morte e o morrer
Capitulo I – Sobre o temor da morte O Homem sempre abominou a morte desde as culturas mais antigas que se tem registro, porém a morte é objeto de estudo para compreensão da vida e também da morte em si, muitas vezes o pensamento não faz discernimento entre o desejo e a realidade no inconsciente, o que traz o fato de crianças desejarem que pais morram por não satisfazerem algum dos seus desejos, se que mais tarde, se por pura coincidência, venha a ocorrer a morte de um dos pais, esta criança terá um trauma que permanecerá, por admissão de culpa pela morte ocorrida. Porém a criança inicialmente não vê a morte como algo permanente, a assimila como um divórcio, em que poderá voltar a ver os seus pais. No decorrer do tempo a consciência da falsa onipotência é adquirida, amenizando o medo de ter contribuído para a morte de um ente querido, fazendo com que a culpa desapareça, porém o medo permanece inconsciente, podendo ser despertado em alguma situação. O sentimento de perda é geralmente carregado de um pesar, esta raiva ou culpa é reprimida durante um período ou desenvolvida de outras maneiras, em suma o individuo que perde por exemplo um parceiro, culpa-se pela morte do mesmo, temendo ainda mais a própria morte. Este sentimento de raiva que permanece latente e não é esboçado termina extravasando nos rituais empregados após o processo de morte de um individuo, algumas culturas antigas possuíam rituais para espantarem este mau, nós apesar de não admitirmos processamos algo semelhante em nossa cultura, enterrando, realizando salva de tiros, estes rituais possuem significados implícitos no consciente coletivo através do tempo. O homem basicamente não mudou, porém a forma como enxergamos a morte deve ser encarada como parte da vida, a conceituação da morte como um TABU, prejudica a família, amigos, parentes mais próximos, sem contar às crianças, que não devem ver as pessoas mortas, evitando-se a compreensão, sugerindo outras circunstâncias para a