Resumo livro Sobre a morte e o morrer
Cada vez mais lida-se com a morte, visto que as pessoas estão vivendo mais, tornando cada vez mais velhas.
Para o inconsciente não há o processo de morrer, principalmente por causas naturais ou de velhice. Para ele a morte provém de algo maligno, de alguma maldição, algum castigo. Assim como para o inconsciente não distingue-se desejo de realidade, a criança também não consegue discernir. Se ela por acaso não é satisfeita em algum de seus desejos pela mãe e essa mãe venha a morrer, ela acredita piamente que foi a culpada pela morte. Pois, desejou com muita força que a mãe morresse por não atendê-la.
Quando morre algum ente querido e os que permanecem vivos usam da autopunição mostra ser um sinal de culpa, como por exemplo deixar de comer. E essa culpa vem da raiva sentida pelo ente ter morrido entretanto ninguém quer admitir ter raiva de uma pessoa que amou e agora está morta.
A maneira como o paciente terminal é tratado nos hospitais remete ao nosso próprio desejo de querer lidar com a morte de uma forma mais fria, menos dolorida. Se o tratarmos como um doente e não como um ser humano com sentimentos e emoções, estaremos também nos afastando dos sentimentos e emoções provocados em nós mesmos pela presença da morte. Sentimentos e emoções que nos remetem a morte de algum ente querido ou até de nós mesmos e que se forem abafados ou tratados com frieza se tornam menores, mais fáceis de lidar (a princípio) e menos dolorosos. Sofrer é feio, sofrer é ruim, sofrer faz mal, sofrer é triste. Porquê? O sofrimento geralmente traz consigo algum aprendizado, alguma força imensa após ele ter passado. Quem realmente sofre e desfruta deste sentimento consegue enxergar novas perspectivas quando ele acaba.
CAPITULO II – ALÍVIO POR NÃO SER EU A TER MORRIDO/MÉDICO QUE OMITE DO PACIENTE A REAL SITUAÇÃO
O homem não está preparado para aceitar a sua própria morte, seu inconsciente percebe a morte de outrem como um alívio interno,