Resumo - Representação - Cap. 1 - Stuart Hall
Representação, sentido e linguagem
Representamos as coisas porque não pensamos nelas per se, mas porque pensamos com o conceito da coisa. Conseguimos lembrar de um caderno, por exemplo, que vimos anteriormente porque ativamos o conceito daquele caderno que está em nossa mente, não a coisa-caderno. É dessa maneira que damos sentido às coisas pela linguagem. O movimento que interliga a coisa por si, o conceito dela e seu signo é representação. Quando compartilhamos certa similaridade de nossos mapas conceituais, torna-se possível a troca de sentidos, já que esses estão em um “espaço comum”. Assim, conseguimos dizer que pertencemos à mesma cultura. A troca de sentidos, por sua vez, se faz completa quando também possuímos uma linguagem compartilhada. Ela é nosso segundo sistema de representação. Como o signo é a unidade mínima da língua a forma de interpretação dele tende a ter uma semelhança entre seres que compartilham a linguagem. Um signo icônico é a aquele que tem uma relação de verossimilhança com aquilo que está posto; a imagem é um exemplo. O indéxico é arbitrário. É o que pode ser percebido nas palavras. As letras escolhidas, a ordem delas é arbitrária. É pelo código que desenvolvemos culturalmente que fixamos o sentido à coisa. A representação pode ser abordada de três maneiras. Uma delas é a reflexiva, que é quando o sentido é um reflexo do que a coisa é em si. Outra, a intencional, faz o inverso. É o interlocutor que desenvolveu um sentido para aquilo que perpassa para os outros. A outra abordagem é a construcionista. Nela o sentido não está fixo nem na coisa nem naquele indivíduo único que emite a linguagem. É a função simbólica, o sentido construído pela linguagem – linguagem essa que parte de inúmeras pessoas – conceituada que faz a representação.
O legado de Saussure
Para produzir sentido deve-se ter em mente que a ideia de algo não está contida na coisa. O significante é vazio. Mas também não há