O EU Nacional: A Constituição do Ser Brasileiro na Visão de Alberto Torres e Monteiro Lobato
Simone Maciel Margis
Graduanda em História - UFSM syssamargis@yahoo.com.br Resumo
O presente trabalho vincula-se ao projeto “História das Ideias, Historicidade e Identidades Culturais” do departamento de História da Universidade Federal de Santa Maria, coordenado pelo Prof. Dr. Carlos H. Armani, e, sob coorientação da mestranda do Programa de Pós-graduação em História – UFSM Jóice Anne A. Carvalho. Busca-se traçar uma linha teórica referente à constituição da Nação e o papel do indivíduo mergulhado na coletividade, ou seja, quem compõe e quem não compõe a estrutura social do Brasil na construção do eu nacional. Ao longo do século XIX e início do século XX, pensadores de várias áreas das ciências começaram a se questionar sobre as diferenças dos seres humanos e que, mais tarde, desembocariam num discurso hierárquico de raças. Essas menções à suposta inferioridade da raça brasileira fez com que Alberto Torres, assumisse uma posição contrária a esse discurso, expondo-a no livro “O Problema Nacional Brasileiro” (1914). Sua teoria sobre as raças afirmava que a única questão que podia vir a contribuir para certa diferenciação racial seriam os fatores mesológicos de uma Nação, mais precisamente, o clima. Nesta mesma linha de pensamento, o autor Monteiro Lobato também analisa a composição da população brasileira e a discussão acerca da hierarquização racial tão em voga no período. Em seu livro “Problema Vital” (1918), nega a afirmação de inferioridade da raça brasileira e aponta as medidas que o Estado deveria tomar para que a população conseguisse atingir o progresso. Lobato também acaba resgatando a figura do caboclo, numa clara tendência de traçar um perfil para o brasileiro
Palavras-chave: História das Ideias – Identidade Nacional – Higienismo
THE NATIONAL BEING: THE CONSTITUTION OF THE BRAZILIAN BEING IN THE VISION OF ALBERTO TORRES AND MONTEIRO LOBATO