(RESUMO) Reflexões sobre o procedimento histórico - Adalberto Marson
Primeira parte: sintetizar as noções e conceitos mais freqüentes no estudo do passado.
Segunda parte: crítica aos procedimentos apresentados e sugestão de uma nova historicidade.
Escreve como professor de história para aqueles que estão nessa posição, por isso seu foco no domínio da interpretação.
O que é o conhecer a história?
Retoma a antiga indagação (que diz ninguém mais questionar): História é Ciência ou Arte? Existe a aceitação de ser uma ciência, pois acabou se constituindo de métodos, regras e técnicas “sofisticadas”, que buscam um distanciamento do objeto estudado. Nesse contexto as correntes historiográficas “disputam” pra decidir quem preenche melhor as lacunas da história. O positivismo não participa dessa discussão por acreditar que a história é uma disciplina subordinada a outras ciências.
O que a discussão epistemológica tem a ver com a prática do professor de história? O autor coloca o historiador enquanto cientista e o professor enquanto profissional técnico e intermediário da formação de consciências, esses compartilham das ligações de saber e poder da ordem burguesa em um sistema capitalista.
A história vive um crescimento, seja pela grande documentação e fontes ou a interdisciplinaridade que aumenta o campo de pesquisa do historiador. O professor “humilde e mal pago” pertence à essa comunidade de sábios e cientistas, pois quando leciona está em uma condição de possuidor de saberes. Vivendo essa realidade o professor tem como esperança conseguir formar alguns alunos criticamente, dar-lhe uma nova idéia ou uma indagação para que este mude sua própria realidade. O professor, portanto, luta contra a dominação da “máquina ideologia do Estado” ou acaba “imerso nas malhas da dominação que o processo educativo pressupõe”.