Resumo Rasmussen
“Viver a arquitectura” de Steen Eiler Rasmussen (“Experiencing Architecture”)
Este livro fala-nos dos pontos de vista de Steen Eiler Rasmussen acerca da sua visão da arquitectura, divindo-se em dez factores que condicionam a vivência e a percepção da arquitectura, para uma melhor compreensão desta arte.
I - Observações Básicas
Neste primeiro capítulo o autor começa por falar da arquitectura, integrada no mundo das
Belas-Artes, juntamente com a pintura e escultura, definindo-a como algo inexplicável, mas de experimentação. Esta só é sentida, não pelo conjunto de elementos de cortes, plantas e alçados, mas pela sua vivência e pela sua funcionalidade, distinguindo-a das outras artes.
Comparando-a à escultura, arte mais orgânica, é definida também por formas e volumes, ou seja bem delimitada. Relativamente a estes limites o autor pega na visão da arquitectura duma cidade desde a sua vista aérea, até à escala humana quando os edifícios envolvem o homem. E é neste meio que o arquitecto deve criar os edifícios, porque estes condicionam a vida, os hábitos, os gostos, etc. Mas aqui cada época é marcada de formas de vida diferentes. Ou seja, torna-se impossível repetir uma arquitectura de outra época, quando os modos de vida não são os mesmos. O autor defende isto acrescentando até que o edifício deve estar à frente do tempo quando se projecta, para este ter continuidade no tempo em que está construído.
A dificuldade aqui da arquitectura ser boa e útil é adequar-se a cada pessoa, da mesma forma que na arquitectura paisagista as plantas se adequam aos espaços, podendo crescer e florir conforme o seu ambiente. Assim o espaço planeado deve ser utilizado exactamente como o arquitecto o projectou e pensou. Este tem um papel importante, mas Rasmussen identifica-o como um produtor teatral que aparece em segundo plano, fornecendo todo o material de desenhos dando uma instrução da construção. “O arquitecto compõe a música que outros tocarão.” (p.