Arquitetura Vivenciada - Observações Básicas
Resumo:
O autor mostra as formas da arquitetura, como ela deve ser vista em comparação à outras artes, como a escultura e a pintura. Ele atenta também ao fato de tentarmos perceber as coisas que nos cercam, a fim de compreendermos de uma forma mais clara as necessidades e o que se encaixa em cada ambiente. Rasmussen diz que não importa apenas ver arquitetura, temos que vivenciá-la.
Fichamento:
Arquitetura Vivenciada: Observações básicas
Durante séculos, a arquitetura, a pintura e a escultura têm sido denominadas as artes que estão envolvidas com “o belo” e agradam aos olhos. Na verdade, a maioria das pessoas julga a arquitetura por sua aparência externa.
Porém, quando um arquiteto julga um edifício, a aparência é apenas um dos muitos fatores que lhe interessam. Estuda plantas, seções e alçados, e acredita que, para ser um bom edifício, esses elementos devem harmonizar-se mutuamente. A arquitetura é algo diferente e algo mais, impossível explicar precisamente o que é, e de um modo geral, a arte não deve ser explicada; deve ser sentida.
O arquiteto trabalha com forma e volume, à semelhança do escultor , e, tal como o pintor, trabalha com cor. Mas, entre as três artes, a sua é a única funcional.
A arquitetura confina o espaço para que possamos residir nele, o arquiteto é uma espécie de produtor teatral, o homem que planeja os cenários para as nossas vidas. Inúmeras circunstâncias dependem do modo como ele organiza esse cenário para nós. Aquilo que pode ser perfeitamente correto e natural num meio cultural, pode facilmente estar errado num outro. Deste modo é impossível repetir-se a bela arquitetura de uma era passada; torna-se falsa e pretensiosa quando as pessoas já não podem viver de acordo com ela.
Uma grande dificuldade é que o trabalho do arquiteto destina-se a perdurar até um futuro distante. O seu edifício deve, de preferência, estar à frente do