resumo perspectivas sociologicas
1901 palavras
8 páginas
1 – A Sociologia como Passatempo Individual No imaginário popular, a sociologia é comumente vista como uma ciência de causas humanitárias e altruístas, ou, ainda, como uma área voltada para o trabalho com “pessoas” – o serviço social. No entanto, assim como as demais ciências, a sociologia é permeada por um caráter de ambivalência, onde os conhecimentos podem ser utilizados e aplicados de infindáveis maneiras, não necessariamente humanitárias ou que envolvam diretamente o trabalho com pessoas. Desta forma, ao mesmo tempo que se pode valer dos conhecimentos sociológicos para a melhoria da vida de uma sociedade, pode-se, igualmente, exterminá-la. Acredita-se que a inter-relação entre a sociologia e o serviço social deve-se principalmente ao fato de que o surgimento deste, em meados da Revolução Industrial – época marcada por diversas mazelas sociais – foi profundamente marcado por estudos sociológicos. Hoje, de forma contrária ao que se pensa, o serviço social é predominantemente embasado na psicologia. Ainda, o autor argumenta que o serviço social implica numa certa ação na sociedade, enquanto a sociologia consiste numa tentativa de compreensão, não descartando, certamente, que o segundo seja minimamente necessário ao primeiro. O sociólogo, como ente que tenta compreender a sociedade, deve se manter isento de julgamento de valores, enxergando com o máximo de precisão a realidade. O que se busca em matéria sociológica é, assim, a percepção mais pura possível dos fenômenos sociais. Outra imagem frequentemente associada ao sociólogo é a de “reformador social”. Esta visão surgiu na França do Século XIX, derivada da corrente positivista de Augusto Comte, que pregava que a sociologia teria o papel determinante de transformar e trazer o progresso às sociedades. Por mais que a compreensão da sociedade possa trazê-la benefícios quando aplicada para tanto, pode, também, ser responsável por trazê-la malefícios, já que depende sempre para qual fim é aplicada. A