resumo paraíso via embratel

A televisão trouxe enormes mudanças para a sociedade brasileira principalmente ao que tange as relações do homem com o seu tempo de lazer e com o consumo. É justamente sobre essas mudanças que Luiz Augusto Milanesi vai dissertar em “O Paraíso Via Embratel”. Para exemplificar as suas análises, Milanesi usa como amostragem a cidade do interior de São Paulo Ibitinga. É sob a óptica dessa cidade que o autor da obra irá descrever os costumes da sociedade e como estes foram transformados com a introdução da televisão no cotidiano dos moradores. No entanto, o autor toma o cuidado de deixar claro que atribuir à televisão a responsabilidade da alteração de hábitos é um tanto perigoso, por isso, fala em influência.
Iniciando sua análise, Milanesi traça um panorama sobre os indivíduos que tem acesso à televisão no município e o tempo dispensado ao aparelho por dia. Assim, constatou que o grupo de pessoas que não viam televisão era muito restrito e isso se deve ao fenômeno do “Televizinho”: pessoas que mesmo não possuindo o receptor tem acesso a um por um vizinho ou amigo próximo.
Assim, para uma melhor verificação, dividiu-se a população em vários outros grupos como classe social, gênero, faixa etária e escolaridade. O resultado obtido foi que as crianças dispensam mais tempo com a programação televisiva seguido pela classe média. A classe alta também dispensa horas à televisão, mas, por conter a maioria da população escolarizada, rejeita certos tipo de programação por não acharem de qualidade satisfatória.
Uma modificação provocada pela televisão que o autor destaca como importante é as novas formas de lazer que o cidadão de Ibitinga passa a ter. O tempo de ócio, uma criação do sistema capitalista, passou a ser preenchido pela companhia da TV. Assim, as visitas alteraram seus horários e uma série de outras atividades, como o passeio na praça, perderam relevância diante da atração da televisão.
Entretanto, a TV não é o fator modificador da sociedade, é apenas o meio. O