Resumo Paraíso Via Embratel
O PARAÍSO VIA EMBRATEL
O processo de integração de uma cidade do interior paulista na sociedade de consumo
LUIZ AUGUSTO MILANESI
RIO DE JANEIRO
2013
O capítulo intitulado “A Televisão” do livro “O PARAÍSO VIA EMBRATEL, o processo de integração de uma cidade do interior paulista na sociedade de consumo” de Luiz Augusto Milanesi discorre sobre as mudanças que ocorreram em Ibitinga com o advento da televisão. O autor afirma que não se pode ver a televisão de forma isolada, mas sim integrada em um contexto maior de alterações sociais. Para realizar a pesquisa foi feito um levantamento global do meio que fez uso de questionários, dados estatísticos e outros.
As pessoas selecionadas para responder às perguntas foram divididas em três grupos: os que têm e não têm aparelho televisivo, por sexo e por classe social – alta, média alta, média baixa e baixa. Foi constatado que as classes alta e baixa são as que mais repudiam a televisão, pois a primeira considera os programas de “baixo nível” e a segunda acredita que os mesmos vão contra seus valores e religiões ou até mesmo porque os indivíduos podem desencadear uma reação emocional negativa tendo em vista a inacessibilidade do aparelho. Além disso, se descobriu que as crianças são as que assistem a mais horas diárias se comparadas com os demais subgrupos.
A maior mudança que a televisão trouxe para a comunidade ibitinguense foi relacionada ao lazer. A cidade surgiu sendo principalmente rural, e não existia grande distinção entre o trabalho e o lazer. Entretanto, com o aperfeiçoamento tecnológico e na medida em que a sociedade local foi se urbanizando, as características dos homens do campo foram se diluindo e se fundindo com os valores da cidade grande e industrializada. Com isso, a partir dos anos 30 e, de forma mais clara nos anos 60, criou-se uma barreira antes inexistente entre lazer e trabalho, tornando-os dois polos opostos. Os dias de semana representam