Resumo Palavra de Verdade

Introdução/Palavra do aedo
Alétheia (verdade): Na Grécia arcaica as palavras eram como signos a ser decifrados, para levar a um sentido oculto e misterioso com várias interpretações possíveis. Essa era a palavra do aedo poeta-profeta dessa época. A palavra que tinha a alétheia, a verdade.
“A verdade é um enigma a ser decifrado e a psicanálise constitui-se como teoria e técnica do deciframento.”
O inconsciente é algo que se oculta e só aparece distorcidamente em nossos sonhos e discursos conscientes. O psicanalista sabe que o relato do paciente é um enigma, e que há uma verdade atrás dele.
“No enigma, verdade e engano são complementares e não excludentes.”
Os signos nos remetem tanto a outra coisa como a outro sujeito:
“O enigma da psicanálise – ou um dos enigmas da psicanálise – reside nesse fato desconcertante: o de que somos dois sujeitos, um dos quais nos é inteiramente desconhecido.”
O filósofo não colhe a verdade, mas busca por ela analisando signos. A busca da verdade não é natural àquele que segue o bom senso.
“O dado não provoca a inteligência, aplaca-a.”
“ A alétheia é, pois, essa abertura para o ser e o pensar, e esse desvelamento-abertura não se dá pelo caminho da opinião dos mortais, não se atém à evidência fornecida pela experiência à certeza manifesta.”
A verdade filosófica
Heidegger questiona a essência da verdade e parte do conceito da filosofia medieval: Verdade é a adequação do intelecto à coisa. Trata-se da correspondência entre o material e a enunciação. A verdade se dá na possibilidade de articular a coisa e a palavra. E a orientação da enunciação para expressar o objeto é a liberdade, portanto a essência da verdade é a liberdade.
“A verdade não diz respeito a uma proposição que um sujeito enuncia sobre um objeto, mas sim a esse desvelamento do ente graças ao qual se realiza uma abertura.”
A busca da verdade
A busca da verdade é feita pelos filósofos inquietos frente à realidade. A partir daí vê-se a metafísica que é a