Resumo Mielografia
A mielografia é um exame radiográfico contrastado que permite a avaliação de alterações na medula não evidentes nas radiografias simples. No entanto, para a sua realização é necessária a injeção de contraste na cisterna magna ou no espaço lombar e para tal o paciente deve estar anestesiado, intubado e com suporte ventilatório adequado para minimizar os possíveis riscos do exame em questão, que incluem convulsão, apneia, bradicardia e parada cardiorrespiratória, podendo acarretar o óbito. Com esse trabalho objetivou-se analisar os protocolos anestésicos utilizados e suas complicações no período de 2000 a 2009 no Hospital Veterinário "Governador Laudo Natel". Foram avaliados 173 prontuários de cães e uma gata que receberam a associação de fármacos de maneiras distintas. O principal protocolo utilizado neste estudo foi a associação de meperidina, diazepam e propofol, presente em 26,43% das anestesias. Os fármacos anestésicos utilizados devem ser selecionados baseando-se nas opções existentes e nas condições gerais do paciente. De todas as complicações observadas, a mais frequente foi a convulsão em 35% dos casos. Também foram registrados episódios de bradicardia
(29%), parada cardiorrespiratória (16%) e apneia (10%).
INTRODUÇÃO
A mielografia é o exame radiográfico contrastado no qual se injeta, usualmente, um composto iodado na cisterna magna ou região lombar e avalia-se seu percurso pelo espaço subaracnoideo da medula (RIGUEIRA et al., 2006). É indicada no diagnóstico de doenças medulares, onde se deseja identificar lesões não visibilizadas ao exame radiográfico simples (BRAWNER, 1993; COMÂRZAN et al., 2009).
Através dessas imagens, é possível detectar compressões medulares responsáveis por alterações neurossistêmicas. Para a realização da mielografia é necessária a anestesia geral do paciente por via intravenosa ou inalatória, monitoração constante e suporte ventilatório adequado para evitar complicações que incluem convulsões,