Resumo livro ética na pesquisa
O debate em torno da ética na pesquisa cresceu amplamente no mundo em virtude das revelações das terríveis experiências médicas nos campos de concentração do Terceiro Reich. Nos campos de concentração, os médicos nazistas assassinavam ciganos gêmeos adolescentes para estudar as razões de alguns deles terem olhos de diferentes cores. Do mesmo modo, prisioneiros de guerra eram forçados a beber água do mar para que se averiguasse quanto tempo um ser humano seria capaz de sobreviver sem água potável.
Mas mesmo fora do contexto do nazismo, temos outros exemplos espantosos.
Nos Estados Unidos, em uma série de estudos, prisioneiros foram contaminados com malária, febre tifóide e cólera sem que tivessem se predisposto voluntariamente a correr tal risco. Na África do Sul, em uma recente pesquisa com o propósito de avaliar a eficácia da administração terapêutica de um medicamento para a redução da transmissão do vírus do HIV para os fetos de mulheres grávidas, os pesquisadores utilizaram um controle com placebo ao invés dos métodos terapêuticos já comprovados e exigidos internacionalmente (os famosos padrões-ouro de tratamento).
Durante boa parte da história da ética na pesquisa, as pessoas que participavam dos experimentos eram chamadas de sujeitos de pesquisa. Atualmente, a denominação corrente é participantes de pesquisa. A justificativa para a mudança está no reconhecimento do papel dessas pessoas nas pesquisas: de sujeitos passivos passaram à condição de agentes ativos.
O Julgamento de Nuremberg, ou oficialmente, o Tribunal Militar Internacional (TMI) foi um Tribunal Internacional formado após o fim da segunda Guerra Mundial, com o objetivo de julgar os crimes de guerra cometidos pelos chefes da Alemanha nazista e que feriram o direito internacional.
Em agosto de 1945, reuniram-se em Londres representantes da Grã-Bretanha, da França, dos Estados Unidos e da então U.R.S.S. Nessa ocasião assinaram um acordo criando o