Resumo Imagens do radicalismo na Revolução Francesa
Toda autoridade política precisa de algo que reafirme e defina seu poder, de fundo cultural mais global ou até mesmo cósmico.
Todas sociedades ( de então) tem um centro sagrado de referência para a sociedade como um todo, e esse centro sagrado serve como forma de mapeamento social e político, servindo como base de noção de posição.
A autoridade política francesa enquadra-se nesse modelo, onde o rei era o centro sagrado, e sua autoridade era assentada em uma concepção de uma ordem hierarquica católica sagrada. Os reis eram o elo entre os mortais e o divino.
Até a Rev. Essa autoridade divina era imutável, e não tinha justificativas além das repetidas encenações, pois não precisava.
Quando a revolução contesta essa autoridade, também questionou a autoridade na qual a sociedade se baseava no antigo regime. Alguns republicanos contestavam a política mas tinham receio de contestar a cultura. Porém tirando o rei do poder, contestando sua legitimidade e não colocando nada tão legitimo em seu lugar fica assim um vácuo.
Sendo assim aconteceu uma reflexão para entender aonde foi fixado o centro dessa nova sociedade, se é que deveria haver um centro e se esse também seria sagrado como antes. Haveria alguma instituição representativa o bastante para essa nova realidade?
Ficou notado assim com a revolução que a poítica era moldada pela cultura, e que essa autoridade precisava de um ponto de apoio central. A revolução não somente substituiui o rei enquanto representante, mas questionou também a representação em si.
No início da revolução a nação, a nova noção de nação contrabalanceou o peso da monarquia na representação diária dos franceses, e os valores monarquistas eram cada vez mais esquecidos, forçados ao esquecimento, por meio dos novos símbolos.
Para alguns não havia a necessidade de se esquecer o passado, pois o passado por si só já o era. Já para outros, a maioria, os lembretes do antigo regime deveriam ser extirpados