Resumo - IAMAMOTO, Marilda. Serviço Social em tempo de capital fetiche: capital financeiro trabalho e questão social. São Paulo: Cortez, 2008.
Eugiany Larissa Cruz de Andrade ²
A autora Marilda Iamamoto inicia a discussão explicitando o objetivo do texto o qual consiste em fazer um apanhado sobre as particularidades atribuídas ao Serviço Social na divisão social e técnica do trabalho e suas implicações para a interpretação e condução do trabalho do Assistente Social na atualidade, assim como a natureza da profissão e o significado social de seu exercício no processo de produção e reprodução das relações sociais: teses, fontes teóricas e conseqüência, fazendo uma interlocução crítica com a literatura profissional brasileira referente aos fundamentos ao exercício do profissional do Serviço Social nos anos 80 e 90 e aos anos 2000 que resultou no processo de renovação da profissão. É a partir da década de 80 que ocorre incorporação das interpretações teóricas histórico-críticas como também a incorporação dos interesses e necessidades de segmentos populacionais subalternizados alvos dos serviços prestados pelos assistentes sociais. Sendo que o ponto de partida para esse debate será fazer, ainda em vista a década de 80, a concepção da profissão(as novas condições sócio históricas no trânsito para o século XXI) com o foco no trabalho e a sociabilidade na ordem do capital, para pensar o exercício profissional na atualidade, procurando estabelecer um diálogo com escritores do mesmo campo –teórico profissional.
A primeira constatação da análise da autora é que a literatura produzida no âmbito da renovação crítica do Serviço Social voltada aos fundamentos do Serviço Social tratou da natureza da profissão na divisão sociotécnica e sua dimensão ética, sem focalizar nas suas múltiplas dimensões, resultando em uma frágil associação ente Serviço Social e o trabalho profissional cotidiano. Em outras palavras, esse debate parte do pressuposto de que a identificação da