Resumo História da Arte - Estilo Gótico
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A arquitetura estabelece uma correspondência com o universo, desde a arte clássica até o inicio da modernidade. O universo serve como modelo para o edifício que acaba sendo a representação do mesmo. Os edifícios adquiriram excelência, dando a arquitetura uma superioridade, um ar divino. O Pantheon é um bom exemplo disso. Nele, a sagrada dimensão da vertical se introduz na organização interna do espaço, unificando a ordem cósmica e a ordem humana. O homem se sente quase divino confiantemente estabelecido no seu poder. Junto com a decadência do império romano, iniciou-se essa divinização do homem. Com isso algumas coisas mudam, ao invés de os céus chegarem à terra, são os homens que devem se elevar até Deus e a graça divina. A igreja é o edifício encarregado dessa ascensão. Em Santa Sofia a luz diáfana e a atmosfera mística inundam o edifício, desmaterializa o caráter tectônico dos muros e transporta o fiel para um mundo onde não valem as leis do reino físico e profano, mas as do sobrenatural transcendente do reino de Deus. No Paleocristão e no Bizantino, a igreja se abre para seu entorno e torna visível a mensagem religiosa desenvolvida no seu interior, com isso ela torna-se força ambiental ativa que invade o mundano e representa a tentativa de fazer a mensagem divina penetrar neste mundo e interagir com ele.
Junto com a longitudinalidade, as torres sineiras encarregam-se de verticalizar a construção. Durante os séculos X e XI, igrejas e monastérios converteram-se no centro espacial, político e econômico europeu, ao incorporarem as verdades divinas que deveriam reger o mundo humano. Chega-se à arquitetura gótica concretizando de todo o anseio espiritual medieval e a representação bem mais elaborada das concepções que o homem do período desenvolvera a respeito de Deus, do mundo e de si mesmo. Mais do que qualquer período anterior, será o século XIII imponente pela amplitude e pela harmonia, o século clássico da idade média. A arquitetura gótica era muito mais ousada