Resumo Historia III
Nação e Cidadania do Império: Novos Horizontes
Música popular, folclore e nação no Brasil, 1890 - 1920
Autores como Mario de Andrade, Gilberto Freire e Antônio Candido ressaltam a importância da musica popular brasileira. Apesar de hoje enxergarmos com facilidade o Samba ou MBP como música popular brasileira, entre os séculos XIX e XX houve um debate muito forte sobre qual era o caráter nacional. O objetivo do texto é recuperar a historia dessas discussões no período pós-abolição ate as formulações sobre a jovem República, com a finalidade de propor uma reflexão sobre a existência de uma produção intelectual que investiu na complicada versão musical mestiça, que daria origem a nossa identidade nacional.
As autoras vão nos mostrando, por meio de trechos escritos e citados de vários autores/escritores renomados da época, como, por exemplo, Guilherme de Mello, Ângela de Castro Gomes e Afonso Ariano, a importância de negros africanos, portugueses e índios na formação de uma musica/identidade nacional. No caso dos africanos em particular, tais autores não abordam as questões sociais vigente no período, no qual a abolição havia acabado de acontecer. No entanto, exaltam o papal dessa parte da população como agentes fundamentais na formação da cultura nacional. Dessa forma, os autores analisados propuseram uma forma de pensar o Brasil que também fazia parte daquele universo letrado, encaminhando ao século XX um debate sobre o papel dos africanos e descendentes na nação, justamente em um momento que o que se estava em jogo eram os critérios de cidadania do Novo Regime.
É interessante notar também que os estudos acadêmicos que mais se sobressaíram naquele período não foram os que investigavam a “musica popular” e o folclore, mas sim os intelectuais que estudavam a qualidade da natureza, literatura erudita, história tradicional etc. Porém, as autoras, Martha Abreu e Carlina Vianna Dantas, vão fortalecer sues argumentos exatamente nessas produções de folcloristas