Resumo Freud
Ocupa-se do amor e do ódio, do desejo e da lei dos sofrimentos e do prazer, de nossos atos de fala, nossos sonhos e nossas fantasias. A psicanálise ocupa-se das coisas simples e complexas, mas eternamente atuais. Ocupa-se delas não apenas por meio de um pensamento abstrato, de uma teoria que registrarei neste capitulo, mas através da experiência humana de uma relação concreta entre dois parceiros, analista e analisando, mutuamente expostos à incidência de um no outro.
Quais são os fundamentos da obra freudiana? O que mais me impressionou em Freud, aquilo em sua obra que me remete a mim mesmo e que, portanto, assim transmite à obra sua atualidade viva, não é a teoria dele, embora eu lhes vá falar sobre isso, nem tampouco seu método, que aplico em minha pratica, Não O que me encanta quando leio Freud, quando penso nele e lhe dou vida, é sua força, sua loucura, sua força louca e genial de querer captar no outro as causas de seus atos, de querer descobrir a fonte que anima um ser.
A genialidade de Freud esta em ele haver compreendido que, para aprender as causas secretas que movem um ser, que movem esse outro que sofre e a quem escutamos, é preciso, primeiro a acima de tudo, descobrir essas causas em sim mesmos, refazer em sim, enquanto se mantem o contato com o outro que esta diante de nós. O caminho que vai de nossos próprios atos a suas causas. A genialidade não reside, pois, no desejo de desvendar um enigma, mas em emprestar o próprio eu a esse desejo. Em fazer de nosso eu o instrumento capaz de se aproximar da origem velada do sofrimento daquele que fala.
Não, a genialidade freudiana é o salto que todo analista é conclamado a realizar em sim mesmo, todas as vezes que escuta verdadeiramente seu analisado. Toda obra freudiana é. Nesse aspecto, uma imensa resposta, uma resposta, uma