Resumo Farmacologia
BARREIRAS FISIOLÓGICAS
Um fármaco para ser bem sucedido, deve ser capaz de atravessar (por difusão passiva, difusão facilitada, transporte ativo ou endocitose) as barreiras fisiológicas que existem no corpo para então alcançar o órgão alvo.
O fluxo da difusão passiva através da membrana segue um gradiente de concentração, sendo a velocidade dependente do gradiente de concentração do fármaco através da membrana, da espessura, área e da permeabilidade da membrana.
LEI DE DIFUSÃO DE FICK
Fluxo = (Cextracelular - Cintracelular) x (Área x Permeabilidade) / Espessuramembrana
A difusão efetiva de fármacos ácidos e básicos através da membrana também pode ser afetada pelo fenômeno associado a carga conhecido como seqüestro de pH, sendo este determinado pelo pKa (representa o valor de pH onde 50% da forma de um fármaco encontra-se na forma ionizada) do fármaco e pelo pH do meio onde o fármaco se encontra.
Fármacos fracamente ácidos - em meio ácido (estão na forma neutra) HA ↔ H+ + A- em meio básico (estão na forma iônica) HA ↔ H+ + A-
Fármacos fracamente básicos - em meio ácido (estão na forma iônica) BH+ ↔ B + H+ em meio básico (estão na forma neutra) BH+ ↔ B + H+
EQUAÇÃO DE HENDERSON-HASSELBALCH pKafármaco = pHlocal + log [HA] / [A-]
A barreira hematoencefálica utiliza junções firmes especializadas para impedir a difusão passiva da maioria dos fármacos da circulação sistêmica para a circulação cerebral, assim os fármacos destinados a atuar no SNC devem ser pequenos e hidrofóbicos (ou lipofílicos) suficientes para atravessar facilmente as membranas biológicas ou devem utilizar as proteínas de transporte existentes na barreira hematoencefálica para penetrar nas estruturas centrais. Outra forma de transpor a barreira hematoencefálica é por meio de uma infusão intratecal, que libera o fármaco diretamente no liquido