Resumo espectativa de aprendizagem para a educação etnico racial
“A imaginação vem da riqueza e diversidade de projetos, experiências que criam necessidades e desejos, exigindo um pensar cuidadoso consigo mesmo e com o outro. Diante disso, cabe ao adulto permitir a quebra de um ambiente de estabilidade e mesmice que existe na grande maioria das salas de aula, abrindo espaço para situações imprevistas, com grande possibilidade de manipulação de materiais e linguagem, com animação dentro e fora da sala, além de desenvolver uma escuta sensível às explosões, às descobertas infantis e às emoções que elas provocam".
As escolas de Reggio Emilia, em meu entender, representam um marco na organização da sociedade civil italiana por terem sido criadas pelos pais dos alunos, que entenderam que, após a Segunda Guerra Mundial ter destruído boa parte da cidade, era necessário que homens e mulheres se lançassem à reconstrução e, para isso, era fundamental um espaço adequado aos seus filhos.
As escolas foram organizadas inicialmente em locais improvisados (e não construídos para o desenvolvimento de atividades com crianças pequenas), onde os genitores entendiam que eles deveriam também participar da educação formal (e, portanto, escolar) de seus filhos. Essas escolas comunitárias, criadas logo após a 2ª
Guerra Mundial, só foi municipalizada em 1963.
O sistema educacional do município de Reggio para crianças pequenas (de três meses a seis anos) sempre se caracterizou por ser uma comunidade de pesquisa e de intenso trabalho de formação de professores. Sua estrutura tem uma forte organização de colegiado, com grande relacionamento com a comunidade e intensa participação dos pais. Diante do ponto de referência educacional em desenvolvimento, um jornalista italiano, Loris Malaguzzi, resolveu ir até Reggio para registrar essa experiência.
Apaixonou-se pelo que viu e ficou para sempre na cidade, tornando-se um guerreiro desse movimento. As escolas de Reggio Emilia se tornaram visíveis aos olhos