RESUMO ESCOLAS LITER RIAS
O exemplo mais consagrado de obra deste período é a carta de Pero Vaz de Caminha, que viajou com Pedro Alvares Cabral, na qual há o relato para o Rei D. Manuel sobre a descoberta da “Terra da Vera Cruz”. Abaixo reproduzimos um excerto do texto original de Caminha, já adaptado para o português corrente.
E assim seguimos nosso caminho, por este mar, de longo, até que, terça-feira das Oitavas de Páscoa, que foram 21 dias de abril, estando da dita Ilha obra de 660 ou 670 léguas, segundo os pilotos diziam, topamos alguns sinais de terra, os quais eram muita quantidade de ervas compridas, a que os mareantes chamam botelho, assim como outras a que dão o nome de rabo-de-asno. E quarta-feira seguinte, pela manhã, topamos aves a que chamam fura-buxos.
Neste dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra! Primeiramente dum grande monte, mui alto e redondo; e doutras serras mais baixas ao sul dele; e de terra chã, com grandes arvoredos: ao monte alto o capitão pôs nome – o Monte Pascoal e à terra – a Terra da Vera Cruz.”
Fonte: Fundação Biblioteca Nacional, disponível em: http://objdigital.bn.br/Acervo_Digital/livros_eletronicos/carta.pdf.
Como características gerais da produção quinhentista, temos o emprego da linguagem erudita, clareza, ausência de figuras de linguagem e simplicidade. Esta carta irá