Resumo do texto: “queremos você”
Por que algumas marcas exercem um fascínio perene sobre nós?
Esqueça o produto. É tudo uma questão de mente. A grande marca ocupa nossa mente. Não somos nós que a escolhemos. É ela que nos escolhe.
Marketing é o que se tem de fazer para que algo seja comprado. Esse “algo” pode ser um produto, uma idéia, um político... qualquer coisa.
Quer fazer marketing? Esqueça o produto e comece pela mente humana.
Desejos e necessidades do cliente? Não, o cliente induzido a escolher de acordo com a minha necessidade... É preciso talento para fazer o cliente comprar o que eu tenho para vender e ficar feliz com isso.
Lá fora há milhares de pessoas infelizes comprando livros de auto-ajuda e deixando cada vez mais felizes os autores desses livros. Eles, autores, são um sucesso; as pessoas que compram seus livros, não. É irrelevante se os autores acreditam ou não neles mesmos, o importante é que os outros acreditem.
Manipulação no pior sentido também existe. A propaganda é culpada, sem dúvida, de criar desejos supérfluos, mas a coisa é muito mais sutil do que parece. Na sociedade pós-industrial globalizada de hoje, não há quem possa definir o que é supérfluo. Aliás, nunca foi possível. O supérfluo logo se transforma em necessidade. Há 60 anos refrigeradores e telefones eram luxo. Para o governo americano, 93% das pessoas oficialmente classificadas como pobres têm TV em cores, e 60% delas têm videocassetes e forno de microondas. Não se fazem mais pobres como antigamente.
O ser humano adora o supérfluo.
Como todo o resto do reino animal, nós também poderíamos viver sem fogo ou ferramentas. Cultivar o solo e cozinhar alimentos não são precondições para a sobrevivência humana, só são necessidades porque decidimos definir nosso bem-estar de modo que as incluísse... Os humanos são criação do desejo, não da necessidade.” (George Bassalla, The Evolution of Technology, 1988)
A regra é: o produto é que inventa a necessidade.
O automóvel não surgiu