RESUMO DO REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA EDUCAÇÃO INFANTIL – VOL.3
Desde o nascimento as crianças recorrem à contagem e operações para resolver problemas cotidianos, como conferir figurinhas, marcar e controlar os pontos de um jogo, repartir as balas entre os amigos, mostrar com os dedos a idade, manipular o dinheiro e operar com ele etc.
Fazer matemática é expor idéias próprias, escutar as dos outros, formular e comunicar procedimentos de resolução de problemas, confrontar, argumentar e procurar validar seu ponto de vista, antecipar resultados de experiências não realizadas,aceitar erros, buscar dados que faltam para resolver problemas, entre conta própria, sabendo resolver problemas.
Nessa perspectiva, a instituição de educação infantil pode ajudar as crianças a organizarem melhor as suas informações e estratégias.
Repetição, memorização e associação
Há uma idéia corrente de que as crianças aprendem todos os conteúdos, por repetição e memorização por meio de uma seqüência linear de conteúdos encadeados do mais fácil para o mais difícil. Ensina-se o 1, depois o 2 e assim sucessivamente. Exercícios como passar o lápis sobre numerais pontilhados, colagem de bolinhas de papel crepom sobre numerais, copias repetidas de um mesmo numeral, escrita repetida da sucessão numérica, ou ainda, promovendo associação entre os algarismos e desenhos, por exemplo, o numero 2 associado a dois patinhos. A criança estará construindo o conceito de numero.
Do concreto ao abstrato
A partir da manipulação de objetos concretos, a criança chega a desenvolver um raciocínio abstrato.
Essa concepção resulta da idéia de que primeiro trabalha-se o conceito no concreto para depois trabalhá-lo no abstrato. O concreto e o abstrato se caracterizam como duas realidades dissociadas, em que o concreto é identificado como manipulável e o abstrato com as representações formais, com as definições e sistematizações. Na realidade, toda ação física supõe ação intelectual.
Como aprender é construir significados