Resumo do primeiro capítulo de "raízes do Brasil"motor Sérgio Buarque de Holanda
FRONTEIRAS DA EUROPA
O livro “Raízes do Brasil” é uma análise da colonização portuguesa e das conformidades que dela derivam. Destaca-se a ideia de um homem cordial, o brasileiro ideal, gentil, que age com o coração, hospitaleiros, divertidos, animados, com bons hábitos e um bom convívio social, qualidades de uma herança da colonização ibérica, em que estruturas trazidas da metrópole eram implementadas na nova terra, colônia, Brasil. Sergio tem uma crítica conservadora em seu texto, num sentido contido, pontual em suas análises.
No primeiro capítulo, Fronteiras da Europa, Sérgio relaciona traços comuns dos ibéricos; uma grande importância na personalidade e na independência financeira e econômica, e explica que disso surge a fraqueza das formas de organização de qualquer associação que implique a solidariedade e ordenação entre os povos; apesar dessas duas coisas existirem somente quando há uma vinculação de interesses em comum, ex; obras de igreja e mutirões de ajuda. Nas relações entre os brasileiros coloniais, o objetivo material comum era secundário e o que importava mais era o benecifio que uma parte podia fazer a outra. Essa falta de hierarquia organizada que o autor percebia em sua época é vivida até hoje. Em comum aos ibéricos e aos seus colonizados está a invencível repulsa a toda moral fundada no culto ao trabalho; a ação sobre as coisas significa se submeter a um objeto exterior e buscar a perfeição desse objeto á perfeição da pessoa; o ócio está acima do negócio e a contemplação acima da atividade produtora (ponto de vista parecido com a antiguidade).
A hierarquia era fundada com base nos objetivos de uma classe que seria (é) beneficiada por outra menos privilegiada. (pg. 35)
“No fundo, o próprio principio de hierarquia nunca chegou a importar de modo cabal entre nós. Toda a hierarquia funda-se necessariamente em privilégios. E a verdade é que, bem antes de