Democracia
À luz das transformações sociais e políticas ocorridas em meados da década de 1980, nas quais o Brasil sai de um contexto político marcado pela ditadura como forma de governo para um contexto político de decisões democráticas, a gestão pública acompanha essas mudanças e passa de um modelo diretivo-autoritário para um modelo participativo-consultivo. Nesse sentido, em seu texto, “A Gestão Estratégica no contexto de mudança da Gestão da Educação Pública Brasileira”, a autora Cristina Dusi afirma que “no Brasil, esse novo contexto vem exigindo o estabelecimento de relações mais transparentes, dinâmicas e interativas entre governo e sociedade, o que se traduz em um modelo mais democrático e participativo de gestão pública”. (Pág. 01)
A citada autora caracteriza o modelo diretivo-autoritário como uma perspectiva estática, distante das demandas sociais, baseado no clássico modelo de gestão Taylorista, que era pautado pela autoridade e visava à padronização das ações como forma de garantir um maior controle sobre o processo. Esse modelo baseia-se em uma perspectiva mecanicista, no qual, nas escolas os diretores e professores apenas executavam os procedimentos determinados pelos órgãos superiores, sem considerar assim, os fatores associados ao lugar social específicos de cada instituição escolar. Nas palavras da própria autora: “Em resumo, as características do modelo diretivo de gestão enfatizam a hierarquia de autoridade rígida; a centralização de autoridade, de decisão e de informações; os mecanismos de controle rígido e a estrutura organizacional piramidal e burocratizada”. (Pág. 12)
Cristina Dusi considera que a constituição federal de 1988 e a LDB de 1996 são importantes marcos que afirmam os princípios democráticos expressos pelo contexto brasileiro a partir da década de 1980 e que conduz uma transformação na perspectiva de gestão pública no país, passando do modelo diretivo-autoritário para o