RESUMO DO LIVRO: O QUE É DIALÉTICA?
Na Grécia antiga, a dialética era a arte do diálogo. Com o tempo tornou-se a arte de através do diálogo, expressar opiniões opostas, expressando-as de maneira clara, argumentando com os conceitos desenvolvidos durante a discussão.
Para Aristóteles os fundadores da dialética eram Zenon e Elía. Outros consideravam Sócrates. Já na acepção moderna, dialética seria as diferentes formas de pensarmos as contradições da realidade, a maneira com que a vemos, contraditória e em constante transformação.
Heráclito de Efeso, no sentido moderno da dialética, foi o pensador mais radical em sua época, pois afirmava que tudo esta em constante mudança e que o conflito é o que rege todas as coisas. Mas os gregos não concordavam com esta visão de Heráclito, pois para eles era confusa e abstrata, preferiam assim a de Parmênides, que afirmava que tudo tem uma essência e que sta é imutável, o que vem pelos sentidos é ilusória, obscura a essência do ser. Este modo de pensar pode ser chamado de metafísica e na época prevaleceu sobre a dialética de Heráclito.
A concepção metafísica prevaleceu durante muitos anos, pois correspondia aos interesses das classes dominantes da época, que buscavam impedir o desejo de mudança do povo perante o regime social. Com isto para a dialética não desaparecer, precisou conciliar-se com a metafísica, desta forma conseguia manter-se e um espaço de grande importância nas ideias de muitos filósofos.
Aristóteles é um grande exemplo de filósofo que acreditava na dialética. Reintroduziu princípios dialéticos em explicações dominadas pela forma de pensar metafísica. Assim é a ele que se deve a sobrevivência da dialética.
Segundo Aristóteles, nós seres humanos, nomeamos como movimento processos totalmente diferenciados. Para ele os movimentos são possibilidades que se transformam em realidades efetivas. É através dos seus conceitos de ato e potência, que Aristóteles impediu que o movimento fosse visto como superficial, uma ilusão. Assim,