Resumo do livro o estudo social em laudos
O estudo social tão presente no cotidiano da intervenção ao longo do processo histórico do Serviço Social, em especial no campo sócio jurídico, parece ter sido redescoberto, nos últimos tempos com um objetivo de intervenção sistemática, questionamentos, polemicas e debates. O trabalho mais articulado com politicas e projetos sociais, por sua vez, pode confundir-se ou sobrepor-se a ações de responsabilidade do poder executivo.
O assistente social, ao iniciar o trabalho no âmbito da justiça da Infância e Juventude, em São Paulo – nos idos dos anos 1940 – passou a ocupar o espaço do perito da área social, atuando inicialmente como estagiário ou como membro do comissariado de vigilância. Num período em que se evidenciava o agravamento e tentativas de controle das sequelas da questão social e se ampliava a ocupação de espaços institucionais pelo serviço social, o assistente social com formação generalista na área social, passou a ter na justiça da Infância e Juventude, espaço privilegiado de ação, o que fez com que, progressivamente deixasse de atuar junto ao comissariado e ocupasse no final desses anos de 1940, espaço formal de trabalho no então denominado Juizado de Menores de São Paulo.
No final dos aos 1940 e nos anos de 1950, quando da implantação do serviço social nos Juizados de Menores de São Paulo, por meio dos serviços de colocação familiar, a direção teórico metodológico do serviço social “ de casos individuais” pautava-se no referencial ideológico da doutrina social da igreja católica, que tomava como modelo de família a “ Sagrada família” ou família nuclear.
No âmbito do judiciário paulista, no inicio dos anos 1980, surge algumas iniciativas de sistematização da ação do assistente social, e com base nesse referencial da abordagem individual. O profissional deveria buscar estabelecer as inter-relações entre os diversos fatores que constitui a situação, em especial por meio da entrevista: “ compreende a inter-relação da dimensão espacial e da