Resumo do livro a desordem na relação professor-aluno: indisciplina, moralidade e conhecimento
Existem varia questões colocadas por educadores e teóricos: o que estaria acontecendo com a educação brasileira atualmente? Afinal de contas, sua função primordial seria a de veicular os conteúdos ou formar moralmente os sujeitos a determinadas regras de conduta?
Alguns, não tardariam a responder que é atender a dimensão epistêmica do ensino. Outros a definem como ensaio, preparação do jovem cidadão para o convívio em grupo e em sociedade.
Tendo em mente á instituição escolar, não nos é possível passar ao largo dos eventos como indisciplina (e ate mesmo violência), sem nos espantar.
Para aqueles preocupados com a problemática da indisciplina, o aprofundamento das discussões exige, sem duvida, um recuo estratégico do pensamento. Quais os significados da indisciplina escolar? E quais os recursos possíveis?
Em torno da circunscrição do tema
Os relatos dos professores testemunham que a questão disciplina é, atualmente, uma das dificuldades fundamentais quanto ao trabalho escolar e não se trata, pois, de uma espécie de desprivilegio da escola publica; muito pelo contrario. A indisciplina seria, talvez, o inimigo numero um do educador atual. O que teria acontecido com as praticas escolares a ponto de a indisciplina ter se tornado um obstáculo pedagógico?
Vejamos como isto pode se dar de acordo com dois olhares distintos sobre o tema.
O olhar sócio-histórico: a indisciplina como força legitima de resistência
As praticas escolares são testemunhas das transformações históricas, seu perfil vai adquirindo diferentes contornos de acordo com as contingências sócios culturais.
Examinando um texto bastante curioso do inicio do século (1922), intitulado Recomendações Disciplinares,
* Deverão andar sempre sem arrastar os pés, convindo que o fação em terça, evitando assim o balançar dos braços e movimentos desordenados do corpo. * Em classe a disciplina deverá ser