Resumo do livro Pra que serve a Psicanálise
A autora começa o primeiro capítulo comentando sobre a discussão da psicanálise estar ou não ultrapassada nos dias de hoje, principalmente com todo o desenvolvimento tecnológico. Ela, porém, discorda dessa visão de que a psicanálise esteja ultrapassada e que a questão afinal é: como a psicanálise nos serve nos dias de hoje? Ela segue falando no grande desenvolvimento da comunicação entre as pessoas e que, nos últimos tempos, o que mais acelerou foram as formações de laços com os outros. Diferentemente de outras épocas quando as pessoas procuravam a religião, os deuses e até a razão para se apoiarem, hoje em dia, elas se apoiam umas nas outras. E como essa formação de laços se expandiu na atualidade, principalmente pela facilidade da comunicação, por isso nos diz estarmos vivendo sob o império de Eros, o Deus do amor.
Segundo ela, foi a inquietação da falta de amor ou da insatisfação sexual, vividas na atualidade, que deram origem a psicanálise. E essa veio servir como meio de tratar os impasses decorrentes disso. Diz que Freud percebeu desde cedo o mal inexorável que é o mal do amor, e que o tratamento para isso passava pela fala, portanto, pela linguagem.
A seguir, fala que o mundo com certeza mudou desde a invenção da psicanálise. Porém, o apelo à libido como modo de sanar as nossas frustrações e inquietações não mudou. A prova disso é que, atualmente, tudo é erotizado a fim de ser melhor veiculado. Tudo isso, visando cada vez mais ampliar os laços e as relações.
A autora, então, fala da psicanálise como opção para tratar o mal-estar da atualidade, que seria o mal do amor. Na maneira como são tratadas as inquietações amorosas, as mudanças são apenas acessórias e não fundamentais, daí vem a pertinência da psicanálise. E, muitas vezes, até um sujeito chegar a opção do tratamento