Resumo do livro Hamlet, de Shakespeare

- Explique os usos e ressonâncias da imagem do espelho de Hamlet, mostrando como isso contribui para garantir a unidade da peça de Shakespeare. Numa breve e superficial síntese, “Hamlet” é uma tragédia escrita no final do século XVI por William Shakespeare. Na trama, Hamlet, filho de um rei homônimo a ele, fica órfão de pai. A partir daí, ele passa a ter visões do fantasma do pai, que o incentiva a vingar a sua morte, dando a ele todas as informações necessárias para que a vingança se concretize. Hamlet se faz de louco e finge acreditar no espectro. Então ele tem a ideia de produzir uma pequena peça de teatro, para tirar suas próprias conclusões acerca da culpabilidade de Cláudio, seu tio, a quem o fantasma do rei Hamlet atribui a sua morte. Nomeada “A ratoeira”, o roteiro da peça trata da cena exata onde o rei é assassinado. O signo ‘ratoeira’ é usado na mais óbvia designação da palavra: armadilha, uma vez que o rei não foi morto acidentalmente, e sim por seu próprio irmão, por meio de um envenenamento. Irmão esse que se casa poucos meses depois com a rainha, a mesma de seu irmão, e acaba por ”herdar” o trono. A peça é exibida e ambos a assistem, enquanto Hamlet observa atentamente o comportamento do atual rei. No momento do envenenamento, o rei passa mal e sai do teatro às pressas. Hamlet então passa a suspeitar com mais vigor da reação do rei e, ao vê-lo pedindo perdão pelo assassinato, decide matá-lo, atendendo ao pedido de vingança do fantasma do pai. Porém, a morte só é concretizada no final, culminando também na morte da rainha, de Hamlet e também Laertes, cujo pai fora assassinado por engano, pelas mãos de Hamlet. Shakespeare usa, em muitas passagens, de uma ferramenta comparativa extremamente útil na produção de significações e que acaba por se tornar marca registrada dessa história: o ‘espelho’. Trata-se de situações que se assemelham e que assemelham os personagens, em determinados momentos no decorrer da tragédia. Um excelente exemplo desse