Influencia de Shakespeare em Freud
– Sigmund Freud
A influência de Shakespeare para Freud
As obras de Shakespeare além de proporcionar grande entretenimento na época de suas criações, e ainda nos dias de hoje inspira muitas outras produções artísticas. Mas suas obras não geraram apenas o entretenimento, mas também pontos muito importantes da reflexão humana como: a subjetividade particular de cada ser-humano, os dons naturais, as consequências dos pecados em nossa mente, entre outras coisas.
Tais pontos influenciaram demasiadamente Freud a refletir e construir múltiplos pontos da teoria Psicanalítica, explícito no fato de que a coleção de obras completas de Freud é construída por 23 livros, dos quais Shakespeare não é citado apenas em três. As principais obras de Shakespeare analisadas por Freud foram: Hamlet, Macbeth, Rei Lear, O Mercador de Veneza e Ricardo III. Freud comentava que as obras shakespearianas são na verdade tragédias da consciência, pois observava presumíveis desequilíbrios psicológicos em todas as tramas, como: Incestos, Parricídios, Loucuras diversas, Cobiça, Complexos, Bloqueios diversos, Crimes e etc. Dedicou uma atenção especial a Hamlet, Macbeth e Rei Lear, relacionando ambas de uma forma que auxiliava a exposição de suas próprias ideias acerca da psicanálise e das estruturas intrapsíquicas.
Harold Bloom escreveu muito sobre a influência que Shakespeare exerceu em Freud ao dizer: “Quando suas personagens mudam, ou se obrigam a mudar ouvindo-se a si mesmas, profetizam a situação psicanalítica em que os pacientes são obrigados a ouvir-se no contexto de sua transferência para seus analistas”, e foi adiante com sua tão famosa frase: “Shakespeare é o inventor da Psicanálise; Freud, seu codificador”.
No livro A Interpretação dos Sonhos, Freud utiliza um grande numero de obras literárias para entender e explicar o comportamento das ações humanas. Como Édipo Rei, de Sófocles, onde Freud