Resumo do livro Capitães da Areia
O romance de Jorge Amado foi publicado em 1937 e faz referência à vida de um grupo de menores abandonados, denominados “Capitães da Areia”. O livro feito por um escritor da segunda geração da literatura modernista brasileira, é ligado a um realismo socialista e é dividido em três partes. Antes delas, no entanto, vem uma sequência de reportagens fictícias, que explicam a existência do grupo. A primeira parte chama “Sob a lua, num velho trapiche abandonado” e é subdividida em 10 capítulos, nos quais podemos ver a narrativa girar em torno das peripécias dos moleques que sobrevivem basicamente de furtos. Porém, apesar de certa linearidade, a história é contada em função dos destinos de cada integrante do grupo de forma a montar um quebra-cabeça maior. Ambientada na cidade de Salvador durante os anos 30, o narrador – onisciente e em terceira pessoa do presente – inicia o primeiro capítulo descrevendo o trapicho (uma espécie de armazém abandonado) que antes era movimentado e agora sujo e pacato, que fora o lugar escolhido pelos Capitães para morar, aproximadamente cinquenta meninos, entre nove e dezesseis anos. Em seguida cita o primeiro personagem, Pedro Bala, o líder, uma espécie de pai para os garotos mesmo sendo tão jovem quanto os demais, era loiro, tinha uma cicatriz no rosto e era filho de um grevista morto no cais.
No decorrer, mais personagens são caracterizados. João Grande se destacava pela força bruta, e era considerado como burro, mas o grupo mesmo dizia que ele era um homem bom, para Pedro Bala ele era um “negro bom”. O Professor (João José) tinha um talento artístico incrível, sabia ler e assim passava as noites lendo livros à luz de vela ou então inventava a partir do que já lera. Possuía também um grande talento para desenhar, e acabava ganhando alguns réis em desenhar casais nas ruas baianas. O Sem-Pernas vivia amargamente e odiava tudo. Essa revolta provinha de ter sido pego e judiado pelos policiais. Muitas vezes era usado