Resumo Do Filme Fale Com Ela
1570 palavras
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Fale com ela. Primeiramente esse é um título intrigante para um filme, mas sem dúvida muito apropriada. Ao mesmo tempo em que podemos interpretá-lo como uma ordem, ao assistir o filme (com o mesmo título) é possível compreender a complexidade tanto do título, como do enredo, como dos atores que o interpretam. Fale com ela trata de temas bastante rebuscados, sensíveis e muitas vezes difíceis de digerir. E a dificuldade aumenta muito mais quando pensamos no tema que circunda todo o filme como um fantasma: A Ética. Um enfermeiro apaixonado por sua paciente em coma há 4 anos. Um romance arrebatador entre um jornalista e uma toureira que culmina também no coma desta. Uma amizade incomum entre dois homens apaixonados por mulheres na mesma condição identificam-se e passam a trocar experiências e confissões. Como discorrer sobre um amor obsessivo de um homem por uma mulher que não pode lhe corresponder no mesmo nível de consciência? Como argumentar sobre uma gravidez inesperada desta paciente que não podia expressar sua vontade, seus desejos, sua ânsia de ter ou não seu corpo penetrado por um homem que ela nunca conheceu quando ainda não tinha sofrido o acidente que lhe deixou em coma? Como tocar a mulher que um dia, com toda sua vivacidade, fez um homem se apaixonar por ela e agora, inerte, sem vida, em uma cama grita por cuidados? Questões complexas, mais uma vez. E aqui nos atendo à ética é difícil tomar uma posição e analisar casos tão sentimentais, que englobam tantos aspectos psicológicos, emocionais, culturais. Na questão que permeia a situação da gravidez de Alicia (nome da personagem pela qual o enfermeiro Benigno Martin apaixona) podemos nos pautar no código de ética de enfermagem: Capítulo I – Dos Princípios Fundamentais
Afirma o compromisso da enfermagem com a saúde do ser humano, o exercício da enfermagem com autonomia, respeitando a vida, a dignidade e os direitos do ser