Resumo do filme " como estrela na terra"
Partindo da escola que temos hoje na realidade brasileira, notadamente na Região Nordeste, em que as ausências e carências são as mais elementares, nos propusemos a expor, tomando como referência a realidade virtual – Second Life – a representação da escola que vive no imaginário, principalmente do professor de escola pública, mas que, diante de todos os avanços da ciência e da tecnologia, tem amplas possibilidades de vir a existir. Aliás, sabe-se que essa visão que há pouco tempo era de futuro, já chegou ao requinte de construir comunidades reais, tendo como modelo a realidade da Second Life que é tão fortemente presente em nossas vidas na contemporaneidade.
Para tornar esse sonho factível, um dos pontos fundamentais é desencadear ou estimular o interesse dos educadores em realizá-lo. Para tanto, sabendo-se que há os que não desistem e que, mesmo na maior escassez fazem um bom trabalho, seria fundamental começar por estimular a infância e a juventude a sonhar também e a não desistir. Podendo-se pensar, inclusive, que o que os move a cada dia em que se levantam para um recomeço é imaginar que estão seguindo para mais um dia de trabalho na escola dos seus sonhos. Mas isso só não basta; é preciso diariamente construir condições, ainda que pequenas, através da busca do melhor que podemos oferecer pedagogicamente, de forma a ir minando as resistências dos jovens, dos colegas, dos gestores, da sociedade, até chegar ao ponto, partindo desse micro mundo, de influenciar as políticas amplas voltadas para a educação que sabemos ser possível.
Já conhecemos a fundamental importância da mudança de consciência – toda mudança se inicia na mente – para mudar o que não queremos em nossas vidas. Em sua obra Realtragismo, o jovem escritor, Hiago Rodrigues Reis de Queirós, afirma que a “origem de toda tragédia é o descaso da sociedade frente a uma realidade que apela para ser mudada”. E por acaso, a escola já não se encontra em estertores?