Resumo do documentário "Pro Dia Nascer Feliz"
O cineasta promove uma leitura dinâmica da realidade que permeia as escolas no sertão nordestino e nos grandes centros urbanos do Sudeste, realidade essa que nos permite enxergar o problema educacional associado à divisão de classes e à falta de administração pública.
O filme reúne algumas histórias cheias de esperança e outras tantas imersas nos graves problemas sociais do país. Vemos, inicialmente, no meio do sertão nordestino, na cidade de Manari, em Pernambuco, em que o espaço escolar e os conteúdos das aulas são precários, um jovem exemplo de persistência e talento. Em duas semanas de gravação, Valéria só pôde ir à escola duas vezes, por conta do transporte quase sempre quebrado. Apesar disso, a menina carrega o emocionante talento para compor poesias.
Ao sermos transportados para os dois grandes centros do país – Rio de Janeiro e São Paulo – a realidade não é menos chocante. Em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, uma boca de fumo fica a poucos metros da escola, assim como um aluno relata o fato de que presenciou a professora aliciando um aluno. A exceção é apresentada através do projeto Núcleo de Cultura da Escola, o qual insere os alunos para a música e a dança afro, não minimizando as falhas pedagógicas, mas ajudando a superar o meio problemático.
No Colégio Santa Cruz, em São Paulo, voltado para alunos pertencentes à elite, surgem diferentes debates. Para os alunos da classe privilegiada as preocupações mais fortes são a repetência, escolha de uma profissão e aprovação no vestibular. Os desafios aqui já não são econômicos e sociais.
A questão do bullying toma proporções chocantes. A história de uma garota que sai da escola com medo das outras; A