Resumo do capítulo comunicação oral, do livro "Uma história social da mídia"

396 palavras 2 páginas
Na Idade Média, o altar, mais do que o púlpito, ocupava o centro das igrejas cristãs. No entanto, o sermão dos padres já era obrigação aceita, e os frades pregavam nas ruas, praças e igrejas das cidades. Havia distinções entre os sermões dominicais e os sermões festivos para os vários dias de festa, sendo que o estilo da pregação (simples ou rebuscado, sério ou divertido, contido ou histriônico) era adaptado às platéias urbana ou rural, clerical ou leiga.
O outro tipo de comunicação oral era a acadêmica. O ensino nas universidades baseava-se em palestras, debates formais ou disputas (testando a habilidade lógica dos estudantes) e discursos formais ou declarações (testando seus poderes de retórica). A arte da fala e do gesto era considerada pelos retóricos tão importante quanto a da escrita. Ao contrário, o ensaio escrito era praticamente desconhecido nos círculos acadêmicos da época. Nas escolas de gramática, dava-se grande ênfase à habilidade de falar latim, e os professores compunham diálogos e peças para que os estudantes praticassem a fala.
Outro importante domínio da comunicação oral era o canto, especialmente a balada, canção que contava uma história. Havia temas recorrentes nas baladas britânicas: enviar uma carta, sentar em um pavilhão, galopar um cavalo e o crescer das plantas nos túmulos de amantes trágicos para, por fim, reuni-los.
Por fim, haviam os boatos, que foram descritos como "um serviço postal oral", funcionando com grande velocidade. As mensagens transmitidas algumas vezes se disseminavam por motivos políticos e, em tempos de conflito, um lado regularmente acusava o outro de espalhar boatos. Três exemplos famosos de boatos e seus efeitos foram o movimento iconoclasta de 1566, no norte da França e na Holanda, a "conspiração papal" inglesa na década de 1680 e o chamado "grande medo" no interior da França, em 1789.
Naquela época, desenvolveram-se novas instituições que estruturaram a

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