Resumo do capítulo comunicação oral, do livro "Uma história social da mídia"
O outro tipo de comunicação oral era a acadêmica. O ensino nas universidades baseava-se em palestras, debates formais ou disputas (testando a habilidade lógica dos estudantes) e discursos formais ou declarações (testando seus poderes de retórica). A arte da fala e do gesto era considerada pelos retóricos tão importante quanto a da escrita. Ao contrário, o ensaio escrito era praticamente desconhecido nos círculos acadêmicos da época. Nas escolas de gramática, dava-se grande ênfase à habilidade de falar latim, e os professores compunham diálogos e peças para que os estudantes praticassem a fala.
Outro importante domínio da comunicação oral era o canto, especialmente a balada, canção que contava uma história. Havia temas recorrentes nas baladas britânicas: enviar uma carta, sentar em um pavilhão, galopar um cavalo e o crescer das plantas nos túmulos de amantes trágicos para, por fim, reuni-los.
Por fim, haviam os boatos, que foram descritos como "um serviço postal oral", funcionando com grande velocidade. As mensagens transmitidas algumas vezes se disseminavam por motivos políticos e, em tempos de conflito, um lado regularmente acusava o outro de espalhar boatos. Três exemplos famosos de boatos e seus efeitos foram o movimento iconoclasta de 1566, no norte da França e na Holanda, a "conspiração papal" inglesa na década de 1680 e o chamado "grande medo" no interior da França, em 1789.
Naquela época, desenvolveram-se novas instituições que estruturaram a