Resumo do capítulo comunicação oral, do livro "Uma história social da mídia"
No entanto, vale lembrar que as mídias oral e escrita coexistiam e interagiam na Europa.
Havia os sermões, importantes tanto para católicos quanto para protestantes, e o ensino nas universidades, que era baseado em palestras, debates ou disputas que testavam a habilidade lógica dos estudantes, sendo a fala e o gesto considerados muito importantes.
Desenvolvia-se o canto, especialmente a balada, que era uma canção que contava uma história, e os boatos, que eram em sua maioria usados como motivo das tensões sociais, espalhados por razões políticas, e em tempos de conflito, um lado acusava o outro de ter espalhado boatos. Dava-se grande ênfase a habilidade de falar latim, e os professores compunham peças para que os alunos praticassem a fala. Naquela época, desenvolveram-se novas instituições que estimulavam a comunicação oral, como academias, sociedades científicas, salões, clubes e cafés. As autoridades, preocupadas com a possibilidade dos cafés estimularem comentários revoltosos sobre o governo, mantinham-nos sob vigilância.