Resumo de Hipertensão e Diabetes
Estudos epidemiológicos são fundamentais para o conhecimento da real distribuição do adoecimento e mortalidade de uma população como também para o traçado das principais diretrizes de planejamento das ações de saúde relacionadas à prevenção e tratamento. De acordo com o Ministério da Saúde, no ano de 2004, houve 265 mil mortes no Brasil por doenças do aparelho circulatório. Eventos incapacitantes fatais e não-fatais como aterosclerose, infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral e trombose estão entre as complicações evitáveis do coração e dos vasos sanguíneos (JARDIM, 2007).
Dentro desse contexto, a hipertensão e o diabetes mellitus estão entre os principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, cérebro-vasculares e para insuficiência renal e gerarão importantes seqüelas sócio-econômicas que influem diretamente na redução da produtividade do trabalho, nos casos de absenteísmo e na busca por serviços de saúde. Outrossim, a simplicidade do diagnóstico facilita o tratamento e a implantação de medidas de prevenção e controle por meio dos gestores dos serviços de saúde (IV DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO, 2004, V DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO, 2007).
No Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão, há em torno de 30 milhões de pacientes hipertensos, sendo que apenas 2,7 milhões estão em tratamento. No Maranhão, em estudo realizado entre os seis municípios maranhenses mais populosos (Caxias, Codó, Imperatriz, Timon, São José de
Ribamar e São Luís) no ano de 2006, constatou-se a prevalência de hipertensão entre 23,1% da população pesquisada (SOARES, 2012).
Existem ainda numerosos estudos que comprovam a relação entre os principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, podendo-se citar a obesidade (SOUZA, 2003), circunferência da cintura (PEIXOTO, 2006), índice de massa corpórea (PEIXOTO, 2006), dislipidemias (CERCATO, 2004) e hábitos de vida como tabagismo e