Diabetes
ANTONIO BARTOLOMEU CRUZERA, RICARDO UTIMURA, ROBERTO ZATZ
O diabete melito e a hipertensão arterial sistêmica são as duas doenças mais comuns nos países industrializados e a freqüência dessas duas patologias nessas populações aumenta com a idade). Cerca de 2,5 a 3 milhões de americanos têm diabete e hipertensão, e a associação dessas duas doenças aumenta consideravelmente o risco de morbidade e mortalidade cardiovasculares.
Estima-se que 35% a 75% das complicações do diabete possam ser atribuídos à hipertensão; sua prevalência é particularmente alta nos pacientes diabéticos do tipo 1 com nefropatia
clínica e está presente já na fase pré-proteinúrica nos diabéticos do tipo 2. Neste resumo abordaremos a nefropatia diabética e seus aspectos fisiopatológicos, as peculiaridades da hipertensão no paciente diabético e as estratégias para um tratamento racional do paciente diabético e hipertenso com nefropatia.
Palavras-chave: diabete, hipertensão, nefropatia diabética, resistência insulínica, anti-hipertensivos.
HiperAtivo 1998;4:261-6
Laboratório de Investigação Médica (LIM-16) — HC-FMUSP
Endereço para correspondência:
Av. Dr. Arnaldo, 455 — 3o andar — sala 3342 — CEP 01246-903 — São Paulo — SP
INTRODUÇÃO
incidência de insuficiência renal crônica situa-se entre 20% e
40%, variando entre 10% e 20% nos diabéticos do tipo 2(7).
O diabete melito e a hipertensão arterial sistêmica são as duas doenças mais comuns nos países industrializados e a freqüência dessas duas patologias nessas populações aumenta com a idade(1-4). Cerca de 2,5 a 3 milhões de americanos têm diabete e hipertensão, e a associação das duas doenças aumenta consideravelmente o risco de morbidade e mortalidade cardiovasculares(5, 6).
Estima-se que 35% a 75% das complicações do diabete possam ser atribuídos à hipertensão; sua prevalência é particularmente alta nos pacientes diabéticos do tipo 1 com nefropatia clínica e está presente já na fase