RESUMO DE CULTURA BRASILEIRA
Volta para o passado colonial do Brasil, capturando suas características, para tentar entender e analisar o presente e de como ele foi formado, almejando “consertar” o país. Caio trabalha com a macrohistória, ou seja, ele trabalha do geral para o particular, descobrindo a partir dos acontecimentos históricos, a formação da identidade nacional. Para Caio Prado, a nossa colonização baseava-se na exploração, voltava-se para o mercado externo. Através dessa concepção, o Brasil foi enfraquecido, os brasileiros tendem a exaltar o que vem de fora. A nossa economia foi constituída para desenvolver outros países. Além disso, no Brasil sempre houve uma classe hegemônica que explorava a outra. O salário é uma forma de compreender como isso ocorria, por exemplo. Caio observa essa luta de classes a partir da esquematização entre as disputas: grande proprietário x negros (tornando o humano como posse e objeto), grande proprietário x índio (os índios são expulsos de suas terras e caçados como propriedade material) e grande proprietário x pequeno proprietário (leis que favorecem os grandes proprietários e que fazem falir as vendas dos pequenos). E assim ele percebe, sendo pioneiro na interpretação marxista, que para entender a humanidade, é necessário entender o sentido histórico, já que ele não é linear. Para entender o homem é preciso saber que temos necessidades materiais (comer, reproduzir, dormir, beber) e que, a partir disso, são criados os sistemas simbólicos (a economia, a arte, a religião, a política), isto é, instituições cujo fim é organizar-se. Através dessa “necessidade” inerente ao homem, ele se torna o precursor e o motor da história, criando instituições e, automaticamente, constituindo a identidade nacional.
Roberto Da Matta
Da Matta reflete a respeito da estrutura social brasileira. Ela é hierárquica ou igualitária? Essa questão baseia-se em um dilema, que pode ser analisado a partir do cotidiano. O indivíduo é anônimo, os homens são iguais