Resumo capitulo 4 livro cultura brasileira
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O autor tem a tentativa de abordar as questões de “deturpação” e “consumo” das manifestações chamada cultura popular. O discurso dos intelectuais sobre o assunto é sempre colocado, imediatamente, sob suspeita. Com a facilidade esperada, arma-se o tedioso teatrinho da má consciência, que tanto ocupa a cena intelectual brasileira. A questão da chamada cultura popular é, com efeito, como não poderia ser uma região de fogos cruzados. Por um lado (intelectuais), o desconhecimento do campo de estudos, ao incentivar um conhecido charlatanismo e uma ideologização imediatista, começa a repugnar ao intelectual “sério”, homens de mãos limpas. Por outro lado, vencida essa precária barreira, o impacto inicial com um conjunto de diferenças, leva frequentemente a atitudes extremas. Com efeito, nenhum discurso sobre as manifestações culturais populares consegue escapar ao estilhaçamento de sua própria identidade, que aparecerá, de uma forma ou de outra, como autocritica ou como insuficiência e recalcamento. Nosso interesse está, assim, não em pessoas, mas na caracterização de uma postura especifica. Essa postura, cuja consequência mais notória é a visão do intelectual como um iluminado, iluminado, ou o que valha, dá-se como uma posição, digamos, dos “corações bem formados”, “dos que tem o coração do lado certo”, e apresenta interesse objetivo para as novas definições da questão “Cultura Popular” que agora, de novo, se ensaiam em todo o país. Presa a uma imagem do “outro” e, portanto, enxergando-o pela sua limitação, essa postura determina uma recusa, das manifestações culturais populares, recusa que, acreditamos, tem três avatares principais populares, visíveis a olho nu e facilmente encontráveis. O primeiro, e mais cru, é o recalcamento popular. O segundo é a negação de sua especificidade ou particularidade. O terceiro é a anacronização das manifestações culturais