Resumo de artigo
O “craving” é um fenômeno que pode ter múltiplos conceitos. Estas divergências entre conceitos e importância acerca desse fenômeno sugerem que sejam realizadas pesquisas a respeito desse construto.
O artigo proposto para estudo foi elaborado a partir de uma revisão bibliográfica sobre o craving.
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) craving é um desejo de repetir a experiência dos efeitos de uma dada substância, este desejo pode vir ou não acompanhado de alterações no humor, no comportamento ou no pensamento. Também pode ser mais amplamente definido como o reflexo de um estado de motivação orientado para o consumo de drogas.
O craving pode ser classificado em quatro tipos: como a resposta a síndrome de abstinência; como a resposta à falta de prazer; como a resposta condicionada a estímulos relacionados às substâncias psicoativas; e como tentativa de intensificar o prazer de determinadas atividades.
Marlatt e Gordon definem o craving como um estado motivacional subjetivo influenciado pelas expectativas associadas a um resultado positivo, podendo induzir uma resposta na qual o comportamento desejado esteja envolvido.
É relevante definir as situações que estimularam o craving para que estratégias de prevenção de recaídas mais eficazes sejam elaboradas.
Existem vários modelos que explicam o craving, o comportamental, o psicossocial ou cognitivo e o neurobiológico, o que deixa bem visível a multidimensionalidade desse fenômeno situação, proporcionando um tratamento em que se utilizem várias referências. Esse fenômeno pode ser avaliada levando-se em consideração medidas não-verbais, neurológicas, medidas cognitivas/comportamentais; pode estar ocorrendo sem que a pessoa haja consciência disso. E ao se avaliar o craving é importante salientar que este é um fenômeno bastante dinâmico, à medida que a intensidade do desejo em um dado momento modifica-se após um curto período.