resumo da ira da ditadura contra os dominicanos,
A ordem dos dominicanos foi a mais perseguida pela ditadura militar, seus integrantes eram considerados por demais progressistas e de cunho subversivo. Em 1965 chegou a ser cogitado a expulsão da ordem do Brasil. O cerco aos dominicanos passou a ser mais intenso quando o regime descobriu que havia uma ligação da ordem com Carlos Marighella, líder guerrilheiro, fundador do grupo armado Aliança Libertadora Nacional (ALN), considerado o maior inimigo da ditadura militar.
Carlos Alberto Libânio Christo (Frei Betto), Fernando de Brito, Ivo Lesbaupin, Ratton, Magno e Tito de Alencar Lima, eram dominicanos que colaboravam com diversas organizações políticas clandestinas que combatiam a ditadura militar. O apoio dos dominicanos incluía proteger perseguidos políticos de cair nas garras de torturadores quando presos, escondendo-os em lugares seguros, transportando-os para outras cidades ou mesmo para outro país.
Para proteger os perseguidos do regime, os dominicanos envolveram-se em perigosas operações. Frei Betto (foto) foi um dos que mais correu risco. Trabalhou como chefe de reportagem do jornal “Folha da Tarde”, do grupo Folhas, considerado um veículo de comunicação progressista. 1967 Frei Betto foi demitido ao lado de vários outros colega,
Ameaçado de ser preso, Frei Betto passou a viver na clandestinidade. Escondeu-se por algum tempo na casa de uma família estadunidense. Por fim conseguiu uma bolsa de estudos para a Alemanha, que lhe fez viver algum tempo no Seminário Cristo Rei, em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, onde tentava familiarizar-se com os hábitos alemães, bastantes comuns no sul do país. Durante este tempo, Frei Betto arriscou a vida ao aceitar a tarefa designada por Marighella, de ajudar perseguidos políticos a atravessar a fronteira do Brasil com o Uruguai. Preso, Frei Betto foi condenado a quatro anos de prisão. Após o fim do regime militar continuou a viver em São Paulo, a escrever e assessorar movimentos