Resumo CULTURA DE MASSAS NO SÉCULO XX - NECROSE
CULTURA DE MASSAS NO SÉCULO XX - VOL. 2 - NECROSE
Segundo o autor Edgar Morin, o segundo volume da coleção “O Espírito do Tempo” desenvolve os temas apresentados no primeiro volume (Cultura de Massas no Século XX – Neurose) mas, dessa vez, através do exame das perturbações e crises que estouraram nos anos 65-75. A problematização da cultura de massas conduz à problemática da revolução cultural e a crise da cultura por sua vez conduz à crise da sociedade. A decomposição de um órgão em um organismo ainda vivo, ou "necrose", é a analogia que o autor usa para deliberar sobre o que provocou a crise da cultura, durante os anos 65-75, na sociedade ocidental.
Os estudos do autor estão centrados sobre as ideias de mudança e contradições da sociedade burguesa. O material contido nessa coletânea de artigos do autor são uma contemplação quase histórica do desenvolvimento dos anos 1967-1970, que para Morin, formam um “momento de transição importante” da humanidade.
Para tanto, Morin analisa o que chama de novo espírito dos tempos, período centrado na década de 70, levando em conta as consequências futuras. Para o autor, as tendências da época levariam à destruição exterior dos valores, para a problematização e reformulação generalizadas, para o aparecimento de duas ondas (a de choque “revolucionante” e a onda larga reformadora), para as interações complexas entre os polos culturais, e para o alargamento de uma crise cultural no desenvolvimento da sociedade burguesa.
De forma a conseguir detalhar a análise, Morin divide sua obra em três partes distintas: a sociologia do presente e da cultura, a metamorfose cultural e a brecha cultural.
1. Primeira Parte - Sociologia do presente e sociologia da cultura
Neste primeiro momento, o autor teoriza sobre a sociologia da crise e do acontecimento, como forma de contextualizar o leitor e de introduzir a crise da cultura, como causa e consequência da crise social. Para conceituar crise e