Resumo crítico A Língua das Mariposas
Em tempos de comemoração (ou não!) do dia dos professores é quase impossível não falar sobre a difícil arte de ensinar.
A Língua das Mariposas se inicia com as angústias, medos e expectativas do pequeno Moncho (Manuel Lozano) e seu ingresso na escola onde o professor Don Gregório (Fernando Fernán- Gómez) leciona em uma turma só para meninos em uma pequena cidade espanhola.
Assim que o menino conhece seu mestre, o medo que tinha anteriormente de ser castigado se transforma em uma admiração incrível, o que torna possível um elo de amizade entre os dois.
O título dado ao filme é elucidado no momento em que Don Gregório leva sua turma para uma aula ao ar livre a fim de que seus alunos possam sentir a natureza e não apenas ouvir e ler sobre ela. O mestre havia ensinado anteriormente, em sala, que as mariposas possuem uma língua, a tromba espiral, para que possam recolher o néctar das flores; e que em forma de gratidão ao alimento recebido espalhavam as sementes de todas as flores das quais se alimentavam. Nesse momento único, na aurora da primavera e cercados de mariposas, fica muito claro perceber que, a partir de um fato científico, o professor aproveita o momento para disseminar seus valores, para que seus alunos possam aprender a viver em natureza, em harmonia, com respeito e gratidão.
Don Gregório apresenta uma metodologia única, na qual prevalece uma ética sensível, de ensinamentos voltados para a vida, de valores únicos e encantadores.
Enquanto Moncho experimenta e vive todas as emoções de seu primeiro ano escolar, ele também aprende sobre a vida, sobre o outro e tudo o que ocorre ao seu redor.
O filme trabalha toda a beleza e realidade da vida em uma mistura real de sentimentos cotidianos: a descoberta da amizade, do amor, da vergonha, do medo, da solidariedade, do sofrimento, da morte, da maldade, da corrupção e do preconceito. São descobertas e sentimentos que fazem o pequeno menino descobrir- se e amadurecer.
Ao longo da trama é possível