Resumo Alfa 2
Mairce da Silva Araújo / Marta da C.L. Rêgo / Valéria Fernandes
Resumo aula 01 Ambiente alfabetizador: novas perspectivas para a prática alfabetizadora? Mairre da S. Araújo
Inspiradas pelo enfoque ferreiriano, professoras das classes de Alfabetização e de Educação Infantil, em inúmeras escolas, foram desafiadas a pensar o processo da alfabetização partindo não mais da escolha do melhor método, ou da melhor cartilha para alfabetizar, mas sim da criança que aprendia. Sem dúvida, naquele momento, as contribuições das autoras permitiram um avanço significativo tanto na compreensão do processo de alfabetização, quanto a respeito das estratégias pedagógicas que reconhecem no aluno o sujeito do conhecimento.
AMBIENTE ALFABETIZADOR: O QUE É? DE ONDE VEM ESSA IDÉIA?
O pressuposto básico do qual partiam esses trabalhos é de que as crianças, todas as crianças, são sujeitos de conhecimento e, como tal, quando crescem em comunidades letradas, não permanecem indiferentes ao código escrito e constroem conhecimentos sobre a leitura e a escrita, antes mesmo que algum adulto decida ensinar-lhes sistematicamente.
O uso cotidiano e sistemático de situações de leitura e de escrita em seu universo cultural marca, desde o primeiro momento, as explorações das crianças com relação à escrita e à leitura. Neste processo, elas se tornam “naturalmente” usuárias da linguagem escrita.
É de suma importância experiências domésticas das crianças com a leitura e a escrita para a facilitação desse aprendizado na escola, confirmando igualmente que o processo de alfabetização da criança começa muito antes de ela entrar para a escola
A constatação de que a vivência cotidiana em um ambiente letrado estimularia as crianças a tornarem-se “naturalmente” usuárias da linguagem escrita levou Ferreiro a propor o que passou a denominar “ambiente alfabetizador”, que visava a levar para a sala de aula um ambiente semelhante ao que as crianças viviam em seu cotidiano