Resumo crítico do filme tempos modernos
No longa metragem de 1936, dirigido e estrelado por Charles Chaplin e Paulette Goddard, “Tempos Modernos”, vemos no personagem “Carlitos”. (Chaplin) uma figura que, apesar do contexto da época, consegue ser engraçada, mas mostrando um cenário social devastado pela crise da década de 1920 a 1940 nos E.U.A. O filme consiste em uma narrativa bem elaborada sobre como o mundo se encontrava devido às mudanças que vinham ocorrendo desde a Revolução Industrial em que a ascensão das máquinas fez com que milhares de trabalhadores perdessem seu emprego, vendo-se em condições de aceitar qualquer posto de trabalho, como no caso do personagem Carlitos, que durante toda sua trajetória na história está em constante mudança de atividade profissional. É forte o apelo no longa para a questão da sobrevivência social, visto por exemplo através de uma cena brilhantemente atuada por Paulette Goddard, que interpreta uma órfã que, para sobreviver, furta comida pra si e suas irmãs. Um dos pontos mais marcantes do enredo aparece quando se dá o encontro dessa personagem com Carlitos, que a esta altura do filme já passou por muitas reviravoltas, desde a internação em um hospital psiquiátrico até em presídios, e como ela, precisa procurar um jeito de sobreviver. Neste filme de Chaplin, o grande “up” são as cenas em que encontramos a genialidade de se poder passar uma mensagem tão bem sem a necessidade da voz. Sim, é verdade que em alguns trechos do filme tem falas, pois na época o cinema já começava a ser falado, mas é esta a grande “sacada”: conseguir prender o público de forma sutil. Na relação de Carlitos com a Órfã (P. Goddard), de estar sempre se reerguendo e prosseguindo, fica bem claro que o filme todo, apesar de ter sido feito há 76 anos, é atual. Sua mensagem faz refletir sobre a alienação do homem pela máquina, principalmente na cena em que Carlitos é engolido por uma de lãs, causa reflexão, mas para quem espera