O livro "A Forma na Arquitetura" foi escrito por Oscar Niemeyer e publicado em 1978. Na obra, o autor critica o funcionalismo e discute a importância da estética na arquitetura, enquanto aborda sua trajetória profissional, citando ainda sua postura política. O funcionalismo parte da premissa de que a função da edificação deve ser a base do projeto, o fator essencial que guiará seu andamento. Segundo esse princípio, o arquiteto deve projetar pensando apenas sobre a função que o ambiente desempenhará e, uma vez atendida essa condição, a beleza arquitetônica vem com naturalidade. No decorrer do livro, Niemeyer critica veementemente essa corrente e a caracteriza como formalista e uma recusa da liberdade criativa e da invenção arquitetônica. Afirma que falta a esta sentimento e lirismo, marcada por um vocabulário frio e repetitivo. Niemeyer, então, comenta algumas obras de autoria própria, como um modo de se contrapor ao funcionalismo na arquitetura. A começar, as obras da Pampulha, em Belo Horizonte. Tais projetos foram um marco para a arquitetura brasileira, caracterizados por formas inovadoras e por certa leveza. Niemeyer se deixava atrair muito por formas mais abstratas, valorizando a beleza, a fantasia, a beleza arquitetural. No entanto, nem todos julgavam o estilo da mesma maneira. Tomando os funcionalistas por exemplo, era muito difícil, para eles, conceber edificações com traços tão livres como aquelas. Muitos arquitetos se viam incapazes de reproduzir essas características e terminavam com resultados ruins, com curvas frouxas e desfibradas, como disse Niemeyer. Diante disso, os opositores a essa estética a definiam como barroca, em seu sentido pejorativo. No livro, o autor comenta ainda outras obras suas, como as de Brasília, com traços bastante radicais, e de outros arquitetos também, ressaltando a importância de alguns como Gustavo Capanema e Lúcio Costa em sua carreira. Além disso, ele menciona, muitas vezes, Le Corbusier, citando o Prédio do