Resumo cidade antiga
Principais idéias do livro:A primeira instituição estabelecida pela religião doméstica foi, de fato, o casamento. A partir do casamento a mulher nada mais tem em comum com a religião doméstica dos pais pois sacrifica aos manes (deuses) do marido. A religião doméstica ensinou ao homem que a união conjugal é bem mais que a relação de sexos ou o afeto passageiro, unindo os foi esposos (conjuges) pelo poderoso laço do mesmo culto e das mesmas crenças. Há três coissas que desde os tempos mais antigos se encontram conexas e firmemente estabelecidas nas sociedades grega e italiana: a religião doméstica, a família e o direito de propriedade. A idéia de propriedade privada estava implícita na própria religião. Cada família tinha o seu lar e os seus antepassados. Esses deuses (anetepassados) podiam ser adorados pela família e só a ela protegiam, eles eram sua propriedade. O deus da família quer ter morada fixa, só era permitido seu transporte quando ao homem for castigado por dura necessidade, quando expulso por inimigo ou se a terra não pode mais alimentá-lo. O deus que ali se instala reside pelo tempo que essa família existir e dela restar alguém que conserve a chama do sacrifício. Assim o lar toma posse da terra; apossa-se dessa porção de terra que fica sendo assim sua propriedade. Colocar o termo na terra equivale, digamos, a implantar a religião doméstica no solo, para indicar que este chão se tornava, para todo e sempre, propriedade da família. A terra pertence aos mortos da família e aos que nela ainda vão nascer. Desligar uma da outra é alterar o culto e ofender a religião. O direito de propriedade é inviolável e superior a qualquer outro direito. As instituições políticas da cidade nasceram com a própria cidade e no próprio dia em que esta nasceu; cada membro da cidade as trazia consigo, vivendo em germe (estado rudimentar, embrião) nas crenças e na religião de cada homem. A religião se envolvia no governo, na justiça e na guerra resultando