Resumo carta ao humanismo
José Leonel Alves, Júlia Pelizzari, Juliana Moreira e Marcel Hartmann A carta de Heidegger é motivada pela pergunta:
"
Como dar um outro sentido à palavra
'Humanismo'?
"
, feita pelo francês Jean Beaufret. Heidegger responde ao francês tentando dar uma dimensão do humanismo a partir do ser e do ente.
Segundo Heidegger, só conseguimos pensar na essência do agir a partir de uma perspectiva utilitarista, isto é, só conseguimos conceber o “agir” se ele produz um efeito
.
O mesmo ocorre com o “pensar”.
Desde a época de Platão e Aristóteles, já havia uma interpretação técnica do pensar.
Na
tentativa de afirmarse perante a ciência, a Filosofia tenta dar uma utilidade à própria atividade da
Filosofia. Estamos nos focando nas consequências utilitárias dos atos, não em suas motivações.
Quando a Filosofia tenta se igualar à ciência, ela abandona a essência do pensar porque, a priori
, o pensar não oferece essa relação tecnicista. Ao pensar, o ser tem acesso à linguagem, que consuma a manifestação do ser.
O pensar age enquanto exerce como pensar. O pensar requisita o ser e diz a verdade do ser.
O agir é atrelado a algo consumável, e só pode ser consumado algo que é. Contudo, o que “é” vem antes do que é consumado, isto é, a essência vem antes de se atribuir uma causa ou consequência a ela. “Penser, c’est l’engagement de l’Etre”:
Pensar é o engajamento do ser. É o pensar que leva o homem ao seu humanismo. Mas é o pensar puro, não o pensar utilitário
.
Heidegger critica a metafísica
, que funda a gramática e a lógica ocidentais, que criam uma relação de sujeito e objeto. O autor não quer esse tipo de relação porque acha que isso afasta o homem do ser.
Heidegger pensa o ser a partir do